BIODIESEL. O Biodiesel é produzido a partir de etanol e óleo. Eis aí o primeiro problema. Sua produção ocupa uma grande área agrícola que poderia ser usada para plantas alimento. Nos EUA 24% da produção de milho vira etanol. (O economista Paula Krugman até chamou o etanol de “demônio”, por ter contribuído na alta dos preços de comida.) Mas e se os 2,5 milhões de toneladas de gordura animais obtidos em abatedouros todo ano fossem usados como combustível? O problema é que o sebo de melhor qualidade é comprado pela indústria farmacêutica, que paga mais. Oque iria para o biodiesel tem mais impurezas e alta acidez.
BIODEGRADÁVEL. Plásticos biodegradáveis tem um problema – sua decomposição libera metano, que tem potencial de aquecimento global 20 vezes maior que o CO2. Assim, se o plástico foi para num lixão, o metano vai direto para a atmosfera. (É o que acontecer com 45,7 mil toneladas de lixo no Brasil.) Mesmo se as sacolas forem para aterros sanitários, o metano pode acabar no ar. Nos aterros, o lixo é coberto por terra todos os dias, mas os coletores de metano só são instalados quando setores inteiros dos aterros estiverem lotados. Ou seja, a instalação dos coletores pode demorar mais do que a decomposições do plástico- que, depende da temperatura da umidade, pode começar em semanas.